O MULATO - Aluísio Azevedo

 Naturalismo. A história é sobre o amor de Ana Rosa e seu primo Raimundo, impedido belas barreiras do preconceito racial contra Raimundo, que é mulato.
Raimundo é rejeitado, ignorado e maltratado pela sociedade do Maranhão (onde a história se passa), mas ainda assim seu amor e o de Ana Rosa florescem. Após certo tempo Raimundo propõe a Manoel, seu tio e pai de Ana, que eles se casassem, mas este recusa apenas baseado no fato de que Raimundo é um mulato. Ante a esse fato Raimundo recua transtornado enquanto Ana, mesma com hesitações, tenta recuperá-lo, mesmo sem entender o motivo da separação no começo. Ele recobra os ânimos e eles decidem fugir, mas são pegos. Após uma discussão sobre o que fazer do futuro de Ana Rosa (um empregado de seu pai era seu noivo a contragosto dela), ela revela estar grávida de Raimundo. Isso escandaliza a avó (extremamente preconceituosa e uma das maiores barreiras para este amor), estranha ao noivo e deixa o pai descrente dos fatos. O único que não se surpreende com a revelação é o cônego Diogo, confidente de Ana Rosa, amante da esposa do pai de Raimundo quando o casal era vivo, e executor do pai de Raimundo. Diogo é preconceituoso e manipulador; odeia Raimundo por este ser mulato e maçom. Quando era amante de Quitéria, esposa de José, pai de Raimundo, obrigou José a não revelar nada quando este esganou a esposa (preconceituosa, ela torturava escravos e negros forros como a mãe de Raimundo, Domingas) ao achá-la em adultério. Padrinho de Ana Rosa, ele exerce seu poder de influência muito habilidosamente e protege Dias, o noivo de Ana. Quando após o fatídico encontro eles se retiram, Diogo convence Dias a matar Raimundo e dá-lhe a arma do crime. Dias mata Raimundo relutantemente e o crime passa por todos na impressão geral de ter sido suicídio. Quando Ana descobre tem um aborto. Seis anos depois mostra-se o destino de várias personagens secundárias e o de Ana e sua família. A avó Maria Bárbara e o pai Manoel (que tinha o apelido de Pescada) morreram e ela e Dias aparecem casados e bem, com três filhos; ela comporta-se amorosamente com o marido, executor de seu antigo amado, que antes detestava. Ainda cheio de vícios românticos (maniqueísmo, herói e heroína perfeitos, vilões cruéis, supervalorização do amor, o mistério e o suspense comuns aos românticos), esta obra prevalece como naturalista pois a visão de mundo é naturalista, existe um forte Determinismo e o herói, assim como o autor, é positivista.

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